Minha História


Novinha aqui...
Continuo igualzinha.
 Carleci de Souza Silva é meu nome verdadeiro e completo, nasci no dia 18 de fevereiro de  ???? Vocês acham que eu ia falar o ano? Gente, gente mulher não fala essas coisas !”
Nasci na cidade de Boquim, interior da minha querida Sergipe. Desde que nasci minha família me chama de Carla, Não sei por que então não colocaram esse nome em mim”.
Aos três anos eu e minha família nos mudamos para a cidade de São Paulo, onde na verdade meu pai já residia e trabalhava. Sabe essas coisas de pai vir na frente para o resto vim depois quando as coisas estão mais estabelecidas”.
Sou... acredito eu uma boa filha, meu pai é Eduardo Caitano e minha mãe Josefa de Souza a 4ª filha do casal de 6 (seis) irmãos.
Assim cresci na cidade grande com um sonho desde muito pequena. Ser um dia uma grande cantora de forró. Sempre fui apaixonada pelo estilo o que me rendeu muitas caras feias e criticas de amigas na escola e na rua onde morava.
Aos noves anos eu e minha família nos mudamos também para uma outra cidade grande, onde resido até hoje que é a minha querida São Bernardo do Campo. “É claro que nesse ínterim nas minhas andanças da vida passei em outras cidades como Luanda em Angola, mas isso é outra história”.
            Conheci varias pessoas, dentre elas algumas me marcaram profundamente, por várias situações boas e ruins, uma que considero irmã de coração é a minha grande amiga Lilian, juntas passamos por várias situações engraçadas, “você acreditam que nos duas já vimos um disco voador e acabamos correndo de medo, mas isso é outra história, com (H) de história verdadeira”.
            Muito precocemente aos 13 anos, conheci meu primeiro namorado, o qual mais tarde se tornou meu esposo, entre idas e vindas aos 17 anos nos casamos. “Não vou mentir para vocês, pois assim que casei já me sentia arrependida, por ver um lado agressivo nele”.
            Porém por ser de uma família tradicional do interior sergipano, naquela época meus pais achavam que casou, casou... “Na verdade eles acham isso até hoje, e assim acho que sou a ovelha negra da família, ...risos”
Essa foi uma época obscura na minha
vida, verdadeiros dias de trovão.....
            E por não querer, contrariá-los, fiquei vivendo em um casamento conturbado de traições, mentiras e brigas as quais quase sempre terminavam em agressões físicas da parte dele. Por ter uma personalidade marcante eu também não agüentava as ofensas e acabava respondendo. “E ai o coro comia, uma coisa que me revolta até hoje é que o safado me colocava para dormir no chão do banheiro, e casa era do meu pai, pode? Isso não é nada”
            Uma vez casada com esse mesmo cidadão, fui praticamente batizada com cerveja na cabeça em uma pizzaria da cidade. “Simplesmente por haver discordado dele em relação à beleza de uma mulher que adentrou a pizzaria. Ele a achou bonita e eu não. Imagine o que eu já não passei na mão dele!”
            Não sei se é carma ou não é, se for, não pode piorar. “Mas como diz nosso nobre Deputado Federal Tiririca, Pior que tá não fica.”
            Aos 19 anos resolvi ter minha independência profissional, procurei um curso técnico na área de enfermagem o qual concluí um ano e meio após. Porém não foi fácil para terminar meu curso, meu excelentíssimo marido me chantageava para não pagar o meu curso. Assim com a idéia de uma das minhas amigas acabei pagando meu curso vendendo lanches naturais na própria escola onde estudava. “Morria de vergonha, vendia só na minha turma. Mas não estava roubando, então acredito que valeu a pena, pois me formei”.

Eu, e minhas irmãs Mônica e Simone.
             Consegui trabalhar na área em uma clinica de idosos, a qual aprendi a dar valor à vida. Que não somos nada além de carne e osso e que quando morremos vamos todos para o mesmo lugar, exatamente do mesmo jeito que nascemos sem nada. Nesse trabalho vi que bens materiais não são contados. Pacientes sofrendo acamados independente de suas posses e no entanto totalmente dependentes de outro ser humano. Nesse trabalho fiz amigos uma delas é a Mirtes e a Aninha, duas guerreiras que mantenho a amizade até hoje. A enfermagem é uma área muito linda para aqueles que realmente colocam o coração na profissão”.                      
            Porém me sentia deslocada fora da minha realidade, meu coração sempre bradou por algo mais forte, por algo mais real para mim, à musica. Eu sempre gostei como já disse de forró e amo até hoje, na verdade adorava dançar e cantar, mas como era reprimida pelo meu como já disse “excelentíssimo esposo” acabei guardando isso somente para mim, nos meus momentos de solidão era na musica que encontrava força, paz e tranqüilidade.
            Aos 23 anos descobri que esse cidadão que comigo morava, porque marido não era, me traia com uma colega de trabalho da sua empresa. “Quem me contou foi uma pessoa bem, mas bem próxima dele, mas não posso dizer quem”.
            É claro, que não era somente essa traição que ocorreu por parte dele, mas foi nessa situação que o copo que já estava cheio, transbordou. Eu resolvi me dar a minha própria carta de alforria e me libertar das garras do mal. Para isso tinha que enfrentar um grande dragão, minha família, que no final acabaram ficando ao meu lado. “Não podia ser diferente não é mesmo? Depois de tanta pancada. Não nasci saco de pancada.”
            Alguns meses após minha separação, não pensava mais em ter um relacionamento sério tão cedo, queria aproveitar minha liberdade que havia perdido aos 17 anos. Mas quis o destino que me fizesse procurar algo mais emocionante, foi quando me matriculei juntamente com meu irmão Ricardo, em um curso de especialização de resgate, busca e salvamento na cidade de São Bernardo do Campo em uma Escola de Bombeiros     .
            Acabei conhecendo e me apaixonando pelo dono da escola, e guardei isso só para mim, achava muito cedo para me envolver e também não sabia se era recíproco. Alguns dias depois ele me ofereceu uma carona em um dia de chuva que não vou esquecer. No percurso paramos em um farol vermelho, foi quando ele me olhou e disse na lata, que estava apaixonado por mim e não me tirava da cabeça, dei risada por não acreditar, pois eu já era caidinha por ele e só esperava uma oportunidade. Vocês acham que eu ia falar alguma coisa para receber um fora. Não é claro, na verdade esperei ver como eram os sentimentos dele”.

Com ele descobri o que
era um verdadeiro
Casamento....
            Ele naquele momento me pediu em namoro. Mas eu relutante disse que era cedo, pois tinha acabado de sair de um casamento conturbado e não queria me envolver seriamente com ninguém, recebi a seguinte resposta. “Eu espero o tempo que for preciso, para você ficar comigo”. “O que vocês acham que aconteceu, Xonei de vez, acabei deixando minha relutância de lado e me entreguei a um novo relacionamento”.
            Uma vez conversando e namorando ele acabou me dizendo que eu tinha uma bela voz e levava jeito para cantar forró, dei risadas, pois nunca havia comentado sobre minha paixão com ele. “Vocês acreditam que musica para ele é Antena 1, Alpha FM e Sertanejo?”.
            Assim com o apoio dele, comecei a encarar mais seriamente essa coisa de musica, que culminou na idéia de montar uma banda de forró é claro! “Eu e ele já estávamos morando juntos. Foi rápido não é?”.
Muitos nomes foram propostos para essa banda, que nem sei como seria, mas de uma brincadeira na casa do meu pai, eu dizendo que me sentia presa por homens querendo controlar minha vida, meu irmão Ricardo e meu enteado Lion se entreolharam e viram o nome da banda “Prisioneiros do Forró”. Todos demos risadas juntos e assim nasceu a banda.
            Na cidade de São Bernardo do Campo foi onde comecei a mexer com essa coisa de banda, musica e dança tudo voltado ao forró. Comecei a ensaiar com minha cunhada Fátima que já cantava em igreja. Conheci o Betinho que era pintor e tinha uma tremenda vergonha de cantar, eu como era brincalhona e faceira sempre pegava no pé dele. “Hoje ele canta e tem sua própria banda, bacana não é?”

Entrada da Área Militar e
Residêncial da Policia de Angola.
             Em 2005 minha vida toma um rumo totalmente diferente, meu marido foi requisitado a ir trabalhar fora do país para ser mais exata em Luanda – Angola – África, ai meu Deus tudo mudou. Ele foi trabalhar lá e eu fiquei aqui enchendo o saco dele lá, pela internet todos os dias. Até que ele me fez a proposta em 2006 de ir para Angola com ele morar lá. Na verdade ele ia e vinha a cada três meses, cada vez que vinha ficava quinze dias de férias aqui. Mas eu achava pouco queria estar mais tempo com ele, assim resolvi me mudar para Angola. “Mudança radical de modo de vida”.
            Assim que cheguei a Angola já queria voltar, tinha me arrependido, o lugar era quente demais, mas isso foi superado pelas amizades que fiz e pela musicalidade que lá conheci, o povo é muito hospitaleiro gosta de te agradar e adoram brasileiros.

Essa praia é o cemitério dos Návios...
Angolano adora tirar foto, e eu també..
             Tem um restaurante a beira da praia na Ilha em Luanda que chama Veleiro, “adorava tomar caldo de mariscos e comer a lagosta, era bom demais”.
            Em Angola conheci o ritmo da Kizomba, muito parecido com o forró, porém com mais ginga e sensualidade, é óbvio que sendo do jeito que sou me apaixonei e procurei incorporar o ritmo à batido do forró brasileiro nas minhas musicas.
            Em Angola trabalhei servindo de corretora, alugava apartamentos para Diretores de empresas internacionais que iam para Angola, ganhei um dinheiro legal com isso na época quase 80.000 dólares. Mas queria voltar para o Brasil de qualquer jeito.
            Em 2006 mesmo voltei, mas agora fui morar novamente na minha cidade natal, Boquim, pois queria estar mais próxima do Nordeste, ou melhor, dizendo do forró.

Flávio, com ele compuz
Prisioneira do Amor...
             Fui muito bem recebida na cidade, fiz novos amigos mesmo porque todos meus familiares moram na cidade. Acabamos eu e meu marido comprando uma casa e nos estabelecendo lá, mesmo  ele trabalhando em Angola. Comecei a levar mais a sério esse negocio de Banda,registrei o nome, procurei músicos, comprei instrumentos e montei definitivamente a “Prisioneiros do Forró”. Em Boquim conheci um Cantor o Flávio que considero meu irmão de trabalho. “Canta muito o rapaz, mas é desmiolado”.
            Dentre os vários amigos que fiz na cidade não posso deixar de citar alguns, pode até ser que eu me esqueça de alguém, porém esses deixaram marca no meu coração, são eles: Reginaldo Dias, sua filha Priscila e sua esposa a adorável Fátima. O meu amigo locutor J. Fontes, meu amigo Juliano, minhas amigas Tânia, Selma e Rosimeire, essa me quebrava altos galhos no Banco; minha melhor manicura do Brasil a minha amiga Lia, a Famosa Nonó Fonseca vereadora cativa da cidade, Seus país que sempre me acolheram muito bem toda vez que vou a Boquim o meu querido Cleonâncio Fonseca e sua esposa a carismática Dona Dolores. E minhas funcionárias Marlene e Marize e Luciana. E a todos os meus fãs que sempre tiveram um carinho todo especial por mim. “Vocês todos merecem um cheiro especial, meu”.

Eu, empresária, ao fundo era
minha loja de Biju...
 Em Boquim criei minha marca, na verdade criaram meu marido resolveu dinamizar meu nome artístico “Carla Silva” minhas lojas, meus patrocínios na cidade e até mesmo na Banda meu nome passaria a ser Carla Silva, e é até hoje. “Ter nome artístico é chique, não acham?”
Em Boquim não foram, só flores, tiveram vários espinhos no caminho da Banda, primeiro que existe uma máfia safada na cidade, que se acha dona de tudo e que só eles prestam, segundo que um empresário produtor da cidade me apresentou um grande safado que só fui saber depois que me levou mais R$. 20.000,00 e até hoje não me pagou, um tal de “Carlos Braga”. Descobri depois que ele enganou e engana até hoje um monte de pobres coitados sonhadores que tem suas esperanças destruídas por causa das sacanagens que ele apronta com os cantores e bandas pequenas. “Graças a meu marido eu ainda tive condições de refazer meu CD, mas outros que investiram praticamente tudo que tinham, perderam tudo”.
            Em Boquim por causa desse sem vergonha um grupinho de pessoas começaram a achar que eu estava inventando história que tinha gravado CD, pois nunca chegava, o cidadão pegou meu dinheiro e não pagou a fabrica, o que só vim há descobrir 6 meses após quando eu mesma lá liguei. Para mim foi um baque, queria acabar com tudo, mas terminei por superar esse dissabor com alguns amigos dando força e obviamente com o apoio financeiro do meu marido, que pagou tudo novamente para que meu CD chegasse. “Esse homem é o máximo”.
            Em Boquim fiz meu primeiro Show, para mim era um sonho, na verdade um segundo sonho, pois o primeiro foi ver o meu CD chegar pela transportadora. 5.000 cópias originais de uma Banda que até então nunca tinha feito um Show, treinávamos diariamente, meu marido alugou um local na cidade para que eu pudesse não só ensaiar a Banda como também os bailarinos que tinha escolhido para ela. “Para mim tudo estava lindo e maravilhoso”.
Eu e o Julio em nosso primeiro Show da Banda, estava realizando um sonho de anos, criei todo o figurino  e os passos do balé com meu coreógrafo Fagner......  Essa noite para mim foi um arraso,"nunca esquecerei"..
            Fiz meu primeiro Show no Povoado do Romão na cidade de Boquim mesmo. Eu, o Julio que era o cantor também da Banda e a quem eu considero demais até hoje um verdadeiro amigo, e meus músicos. Minha primeira aparição foi marcada por muitos contratempos que foram superados, porém, tinha subido ao palco. Dentro de mim estava realizado o meu segundo sonho, me apresentar em um palco. “Foi um verdadeiro teste para que se eu realmente quisesse ser uma cantora, pudesse superasse”.
  
            A partir daí comecei a ter fãs, pela cidade comecei a ser paparicada e respeitada como cantora e empresaria já que tinha lojas, patrocinava eventos participava de cavalgadas, recebi prêmios em 2007 “loja referencia na cidade” e em 2008 “empresária do ano”. “Amava tudo isso e ainda amo principalmente os fãs que sempre me trataram muito bem e que lá estão até hoje”.

Kauany,hoje a razão do meu viver. Por ela tudo........
              Mas de tudo que aconteceu em Boquim, o maior presente que ganhei foi de Deus. A minha filha do coração a Kauany que graças a um longo processo hoje se chama Kauany Silva. Uma menina adorável que sofreu muito até um pouco antes dos quatro anos de idade, antes de eu a conhece - lá e resgatá-la de um futuro incerto. “Hoje minha vida é voltada toda a ela, meu futuro é o dela”.

Kleber.. Esteje bem...

           Em Boquim também comecei a trabalhar com meu produtor e amigo Jonas Paixão o meu segundo CD que por escolha minha resolvi colocar meu nome artístico como referencia, ele se chamaria “Carla Silva e Banda Prisioneiros do Forró”. Com uma roupagem totalmente nova no ritmo da Kizomba com o gingado da sanfona do forró gravei meu CD, foi demorado mas resolvi fazê-lo como gravação ao vivo. A banda nessa época era composta por mim mais dois cantores homens o Julio meu companheiro e um Novo cantor que selecionamos para a Banda e que vim, a saber, mais tarde que era o sonho dele cantar conosco o saudoso “kleber”. “Espero que ele esteja em um bom lugar olhando por todos nós”.

            Mas o mundo em Boquim já estava pequeno para mim e para minha Banda. Meu marido que tinha voltado definitivamente de Angola, não gostava muito do local, ele gosta muito de estudar, ler, participar de eventos e atividades que a cidade não oferecia, e eu por outro lado acreditava que era hora de voltar também para São Paulo e mostrar minha Banda para o resto do país. Resolvemos nos mudar novamente para São Bernardo do Campo.

Iran um amigo de Batalha em
São Paulo..
             Há dois anos voltei de Sergipe me reorganizei na cidade de São Bernardo do Campo novamente,  trabalhando e revendo amigos dentre eles meu amigo Iran com o qual realizei alguns trabalhos em 2009 e 2010. Neste ano de 2011 estou aguardando a vinda do meu amigo e companheiro de palco Julio Cesar, preparando um novo trabalho para levar aos meus fãs a nova roupagem da Carla Silva e Banda Prisioneiros do Forró, confiante nas expectativas, pois a cidade de abraçou e acolheu meu trabalho.

Deixo aqui um Cheiro a todos que tiverem curiosidade de ler esta resumida história da minha vida.
Detalhes vocês acompanhem no meu blog diário, porque tem muita coisa entre linhas que não contei, mas vou contar.

“A busca de ideais são repletas de desafios e provações que são colocados em nossos caminhos para serem transpostos pela perseverança e a coragem de errar e acertar.”

Cheiro!

Carla Silva.....